Melhores Práticas no Trabalho | Christy Scott

Gerenciamento de biblioteca em quatro etapas:

avaliação, planejamento, compra e organização de bibliotecas em escolas pequenas

Os professores em pequenas escolas adventistas do sétimo dia frequentemente precisam ser proficientes no ensino de disciplinas tradicionais e outros aspectos da educação do aluno, incluindo arte, música, educação física (EF), bem como gerenciamento de biblioteca. Uma revisão dos programas de treinamento de professores em todas as universidades adventistas da Divisão Norte-Americana (DNA) revelou que, embora arte, música e educação física sejam frequentemente abordadas em cursos individuais de treinamento de professores, não existe um curso equivalente para gerenciamento de biblioteca. Essa omissão sugere que o treinamento de professores em áreas tradicionalmente cobertas por bibliotecários escolares é considerado uma instrução inadequada, uma vez que a suposição é que as escolas têm bibliotecários treinados; no entanto, em pequenas escolas adventistas não há bibliotecário.1 Pesquisadores na área de biblioteconomia e ciências da informação notaram uma falta de conhecimento entre os professores de formação inicial sobre o termo alfabetização informacional e incertezas sobre como selecionar livros para suas bibliotecas de sala de aula.2

No entanto, a importância das bibliotecas em sala de aula e em toda a escola é consistentemente demonstrada na pesquisa. Bibliotecários escolares e programas fortes de biblioteca são indicadores de melhores notas em leitura em todos os níveis de ensino. Um estudo revelou que programas fortes de bibliotecas poderiam prever notas mais altas em matemática em escolas de ensino fundamental e médio. Dados de mais de 30 estudos nacionais (nos Estados Unidos)3 ilustram uma conexão entre programas fortes de bibliotecas e melhoria nas pontuações de testes padronizados, enquanto uma revisão de estudos internacionais encontrou apoio ao impacto positivo das bibliotecas no desempenho dos alunos em estudos na Austrália, Reino Unido, Canadá, Hong Kong, Nigéria, Uganda e Paquistão.4

Bibliotecas visualmente atraentes podem aumentar a motivação para a leitura, e os alunos com acesso a esses ambientes tendem a ler mais.5 Não é de surpreender que programas e acesso a biblioteca de qualidade estejam fortemente correlacionados com notas mais altas nos testes dos alunos, e o uso da biblioteca escolar tem uma forte relação com o desempenho em leitura,6 sugerindo a importância de abordar a gestão da biblioteca escolar em todas as escolas.

Para professores sem treinamento formal em biblioteconomia, o processo de criação, manutenção ou uso de uma biblioteca existente pode parecer assustador. No entanto, o processo pode ser dividido em quatro conceitos básicos repetíveis: avaliação, planejamento, compra e organização. Este artigo orientará os professores sobre o que cada conceito abrange, por que é importante e fornecerá sugestões para iniciar o processo.

Ao longo deste artigo, nos referiremos à biblioteca como a “biblioteca escolar”, mas para professores em escolas com vários professores, as quatro etapas também podem ser aplicadas à biblioteca de sala de aula, se forem coleções separadas.

AVALIAR – O que eu tenho?

Seja começando do zero ou com um acervo já existente, a avaliação é fundamental para uma experiência positiva do aluno. Quantos livros há na biblioteca? Qual é a condição deles? Qual é a qualidade dos livros de histórias? Qual é a qualidade dos livros de referência? Os livros são relevantes para a sala de aula com vários níveis de leitura e interesses dos alunos? As informações apresentadas nos livros são precisas e atualizadas? Existem livros em duplicidade que estão desatualizados ou não estão sendo usados? O que está faltando? Você tem livros para os interesses e níveis de leitura dos alunos e para as diversas áreas curriculares? Questões semelhantes podem ser aplicadas a softwares ou bancos de dados existentes. Incluindo perguntas como: está em um formato que pode ser acessado?

Se você estiver trabalhando com uma coleção pré-existente, um bom primeiro passo é localizar e remover títulos desatualizados ou danificados. Em uma coleção existente, muitos livros impróprios ou irrelevantes servem como desordem que impede que os melhores livros sejam encontrados para leitura e pesquisa. Um voluntário da biblioteca compartilhou uma história da biblioteca da igreja combinada com a biblioteca da escola básica e descobriu que havia cinco cópias de um título da Pacific Press de meados do século 20 com interesse para adultos. O título nunca foi de interesse dos alunos, mas ocupava espaço na prateleira. Reduzir ou remover tais títulos pode parecer controverso, mas significa dizer sim a uma biblioteca que apoia o sucesso do aluno. Usar uma política de gerenciamento de coleção ou ter metas claramente definidas e aprovadas pelos membros e líderes da igreja pode ajudar a reduzir a controvérsia em torno da eliminação de materiais.

Outro passo inicial é procurar informações desatualizadas. Livros que fazem referência (já ultrapassada) à União Soviética ou outros países, podem ser descartados e, se necessário, substituídos. Livros que se referem a Plutão como um planeta, ou livros mais antigos sobre temas científicos, como biologia, dinossauros, física e astronomia, também devem ser avaliados. Em suas diretrizes CREW (Continuous, Review, Evaluation, Weeding - Continuação, Revisão, Avaliação, Remoção), Mona Kerby recomenda reconsiderar qualquer título com mais de cinco anos na maioria dos tópicos de ciência e geografia e utiliza o acrônimo WORST (Worn out, Out of date, Rarely used, Supplied elsewhere, or Trivial and faddish) (Desgastado, Desatualizado, Raramente usado, Fornecido em outro lugar ou Trivial e passageiro) para itens de multimídia, como software ou bancos de dados.7

Se os alunos souberem que a biblioteca possui materiais desatualizados, em más condições ou que não correspondem aos seus interesses, eles terão menor probabilidade de usar a biblioteca. Retirar livros velhos, desatualizados ou danificados das prateleiras geralmente aumenta o uso da biblioteca estudantil. Além disso, a remoção desses livros oferece uma imagem melhor do acervo utilizável, tornando mais fácil responder a perguntas sobre quantos livros você possui, quais níveis de leitura, qual suporte curricular e quais áreas de interesse do aluno podem estar faltando.

Uma pergunta frequente dos professores de formação inicial é: Quantos livros deve ter uma biblioteca escolar? A resposta dependerá do seu corpo discente, do espaço disponível e das suas necessidades curriculares. Para uma biblioteca dar suporte a toda a escola e a todas as séries precisará de mais títulos do que uma biblioteca de sala de aula para duas ou três séries. Catapano, Fleming e Elias recomendam pelo menos 10 livros para cada criança em uma biblioteca de sala de aula, com um mínimo de 100 livros. Isso oferece uma diretriz inicial, mas lembre-se de que é essencial oferecer materiais que apelem a uma variedade de interesses, bem como material de leitura acima e abaixo do nível da série para que os alunos possam selecionar livros que possam ler independentemente.8

Os livros para a biblioteca escolar devem conter ilustrações e textos de alta qualidade, apoiar o currículo e ser apropriados para a cultura da comunidade. Os professores também podem considerar os interesses atuais dos alunos ao selecionar livros ou outros materiais. Por exemplo, livros sobre treinamento de cães podem não reforçar o currículo; porém, caso os alunos tenham interesse pelo tema, vale a pena investir em vários títulos para diferentes níveis de leitura. Por outro lado, se os alunos anteriores manifestaram interesse em um tópico, mas o grupo atual, não, esses títulos podem estar entre aqueles que podem ser facilmente descartados, especialmente se estiverem desatualizados ou em mau estado.

Os alunos devem ser capazes de encontrar livros que os representem. Ao selecionar materiais, os professores deveriam estar cientes de seus próprios preconceitos implícitos e conhecimento cultural e selecionar histórias que forneçam uma representação positiva de diversas origens, incluindo diferentes raças e culturas, habilidades especiais, tipos de família e corpos físicos. Em comunidades homogêneas, fornecer histórias diversificadas pode ser a única introdução que um aluno terá a diferentes origens ou culturas, tornando esse material especialmente importante nessas bibliotecas.


PLANEJAR – Qual é o meu plano de coleção?

Os bibliotecários usam planos de desenvolvimento de acervos para orientar as compras. Esses documentos fornecem objetivos de acervos e ajudam os bibliotecários a defender o financiamento, esclarecer a seleção ou desmarcação de títulos, apoiar livros contestados e até mesmo auxiliar na avaliação de credenciamentos.9 Organizações nacionais ou locais podem fornecer padrões de acervos que devem ser considerados, mas a Ifla (International Federation of Library Associations and Institutions - Federação Internacional de Instituições e Associações e de Bibliotecas) observa que, independentemente do acesso aos padrões existentes, “as decisões de desenvolvimento de acervos devem ser baseadas em requisitos curriculares e abordagens instrucionais”.10 Um plano de desenvolvimento de acervos com objetivos acadêmicos e não acadêmicos que tenha sido aprovado pelo conselho escolar e outras partes interessadas pode economizar tempo e evitar dores de cabeça mais tarde, caso um título seja contestado. O plano fornece uma estrutura para que os indivíduos tomem decisões sobre o acervo. Um plano de acervo considera alunos, currículo e critérios de seleção.

Quem são os alunos que usam a biblioteca? Considere informações como status socioeconômico, antecedentes culturais, idiomas falados e lidos, níveis de leitura, residências com acesso a computador e quais serviços de biblioteca pública existem e são acessíveis na área. Ao revisar um plano de acervo concluído anteriormente, procure alterações desde a última atualização. Essas considerações determinarão seus objetivos. Por exemplo, se sua comunidade não possui uma biblioteca pública, uma coleção de ficção mais forte pode ser uma prioridade. Por exemplo, se uma porcentagem significativa de seus alunos também fala espanhol, convém incluir mais títulos em espanhol. Se sua comunidade tiver uma forte população imigrante de uma área específica, procure títulos que conectem os alunos às experiências de vida de suas famílias. Além disso, considerar os níveis acadêmicos dos alunos em sala de aula ajudará a orientar a seleção.

Como professor que cria um plano de acervo, você se beneficiará de um conhecimento profundo do currículo de sua escola. Considere os tópicos que são ensinados em cada série e ao longo de um ano. Detalhe as maneiras pelas quais sua coleção deve complementar ou apoiar o currículo. Se os alunos estiverem fazendo pesquisas em áreas específicas, uma forte seção de não ficção para apoiar essas tarefas e materiais de referência atualizados pode ser uma prioridade.

Por fim, os critérios de seleção ajudam a informar quais livros você escolherá e por quê. A Associação Americana de Bibliotecas (ALA - American Library Association) fornece uma pasta de trabalho para elaborar uma política de seleção e inclui critérios que você pode adotar. Os critérios de seleção devem ser perguntas fáceis de fazer quando você está tomando uma decisão de compra de livros ou mídia relacionados à biblioteca. Kerby recomenda as quatro perguntas básicas a seguir em seu livro sobre desenvolvimento de acervo.11

  1. O item é novo e recebeu avaliações favoráveis?
  2. O item é apropriado para seus usuários?
  3. O item tem um design agradável?
  4. Apresenta um bom custo-benefício?

Em seu plano, certifique-se de diferenciar entre materiais instrucionais (aqueles atribuídos em sala de aula) e títulos de biblioteca que estão disponíveis para os alunos, mas não precisam ser lidos ou atribuídos para fins de pesquisa. Você pode incluir critérios específicos para a comunidade, bem como critérios gerais. Um plano de coleta de trabalho pode orientar suas decisões de compra. Ainda assim, antes de fazer grandes compras, os professores desejarão ter seus critérios aprovados pelo conselho escolar ou outro grupo de tomada de decisão.

COMPRA – O que vou comprar?

Depois de avaliar as necessidades e ter um plano de acervo com critérios de seleção, é hora de comprar livros e outros materiais. Embora os planos de acervo variem com base nas necessidades individuais e nos recursos da instituição, bem como nas exigências de padrões locais ou nacionais, os componentes básicos de uma política de seleção podem incluir a missão da biblioteca escolar, declarações de liberdade intelectual e liberdade de informação, objetivos da coleção (incluindo critérios de inclusão e relação com o currículo e identidades de seus usuários), quem é responsável pela seleção/compra, políticas relativas a materiais controversos e reconsideração de títulos na coleção.12 Em algumas escolas, uma determinada pessoa , como o diretor ou o secretário, comprarão os livros selecionados. Em muitas instituições pode haver um orçamento limitado. Algumas escolas podem ser obrigadas a gastar uma certa quantia de financiamento por aluno em materiais de biblioteca como parte de um credenciamento estadual ou nacional, o que pode ajudar a determinar o número de livros que deverão ser comprados a cada ano.

Além dos livros, os planos de acervo devem incluir diretrizes para software, bancos de dados e periódicos que possam ser fornecidos na biblioteca.

Se você está começando sem nenhuma biblioteca ou descartou grande parte da biblioteca existente devido à idade e condição dos livros, pode ser tentador comprar muitos livros baratos, mas títulos de qualidade que durarão muitas leituras fornecem informações factuais atualizadas e usam linguagem e ilustrações excelentes para contar histórias que os alunos gostam de ler. Estes serão, portanto, mais úteis. Começar com os tópicos abordados no currículo do próximo ano ajudará você a adicionar esses livros estrategicamente à coleção.

A pesquisa revelou que os professores geralmente sabem onde comprar livros de maneira econômica, mas podem ter dificuldades com o que comprar.13 A avaliação das lacunas, o plano de acervo e as metas curriculares para o ano o ajudarão a fazer escolhas sábias. Por exemplo, se aos alunos for solicitado que leiam um livro de poesia durante o ano letivo, eles precisarão de livros de poesia que cubram uma variedade de níveis de leitura: abaixo, acima e no patamar de execução em que estão atualmente. Se a avaliação do acervo revelar livros desatualizados de astronomia e genética, o professor deve descartá-los e procurar por substitutos.

Revistas comerciais por assinatura, como Hornbook e School Library Journal, podem ajudar os compradores a identificar livros que receberam avaliações favoráveis. Recursos como o site The Children's Book Review (A Avaliação do Livro Infantil) (https://www.thechildrensbookreview.com/), blogs e contas de mídia social estão disponíveis sem assinatura. A Associação Americana de Bibliotecas (ALA) nomeia e seleciona livros excelentes para uma variedade de prêmios, incluindo o Newbery Award. Alguns prêmios patrocinados pela ALA e outras organizações, como o Coretta Scott King Award e o American Indian Youth Literature Award, são de escopo multicultural; outros podem ser regionais ou escolhidos por jovens, sugerindo títulos que os alunos irão gostar.

Uma pesquisa de 2009 com 17 mil alunos realizada no Reino Unido indicou que o motivo mais comum para os alunos usarem uma biblioteca escolar era porque ela continha livros que os interessavam. Mais da metade dos alunos que não têm acesso à biblioteca escolar afirmaram que a utilizariam, sobretudo se tivesse livros do seu interesse. Outra razão importante apontada por 50% dos alunos foi que a biblioteca escolar é um espaço amigável.14 Isso nos leva à etapa final: organizar o acervo para uso dos alunos.

ORGANIZAR – Como devo organizar meu acervo?

A organização do acervo é um importante preditor da facilidade e acessibilidade da biblioteca para os alunos. Quando a biblioteca é bem-organizada e os alunos são incentivados a usá-la, fica claro para os alunos que os professores consideram a leitura um componente valioso de sua educação. Os professores devem selecionar um método de organização considerando os objetivos do acervo e onde os livros serão localizados. Os recursos necessários para um acervo de sala de aula podem diferir daqueles necessários para a biblioteca escolar, que possui seu próprio espaço exclusivo.

A organização do acervo deve ajudar os alunos a pensar sobre como os livros podem ser categorizados, e o método de organização deve ser claro para os alunos que usam a coleção. Um acervo de sala de aula pode ser organizado por categoria ou gênero. Uma coleção maior pode usar a classificação decimal de Dewey (mais comumente usada em bibliotecas públicas e bibliotecas escolares do ensino fundamental ao médio) para ajudar os alunos a se familiarizarem com o uso de números de chamada para recuperar e organizar livros. Os adesivos podem ajudar os alunos a localizar livros por gênero ou nível de leitura. Lixeiras de lojas de variedades, prateleiras básicas de temperos e ideias de exibição de livros no Pinterest podem inspirar maneiras de exibir livros de forma atraente, mesmo sem vitrines específicas da biblioteca.

Criar um espaço amigável para os alunos significa prestar atenção ao número de livros nas prateleiras para que os alunos possam ver facilmente e incluir títulos que sejam de seu interesse. Fornecer assentos na biblioteca, seja na forma de um pequeno banco, cadeiras, um pufe ou mesmo almofadas no chão, permitirá que os alunos revisem livros em potencial confortavelmente. Adicionar cores brilhantes, pôsteres ou fotos, ou até mesmo um mascote do Leão da Biblioteca ou outro bichinho de pelúcia favorito pode ajudar a apresentar a biblioteca como um espaço acolhedor. Catapano, Fleming e Elias fornecem uma folha de verificação para organizar o ambiente físico que oferece seleções adicionais, como um quadro para os alunos votarem ou avaliarem livros, uma área de exibição para livros recentemente lidos em voz alta ou para livros recomendados por professores ou alunos.15

A circulação da coleção também é um aspecto importante da organização, pois ajuda os professores a saber quem tem cada livro no momento, ao mesmo tempo em que permite que os alunos levem os livros para ler em casa. Primeiro, avalie as necessidades de sua escola e, em seguida, escolha o melhor método para atender a essas necessidades. Sistemas de sala de aula simples, como escrever o nome do livro e o nome do aluno que o está retirando e a data em que foi retirado, e colocá-los em uma pasta de cartão de índice são formas eficazes de acompanhar a coleção. Os alunos podem ser recrutados para ajudar a manter a biblioteca da sala de aula organizada durante o ano letivo e para enviar lembretes sobre livros atrasados.

Para os professores que desejam mais controle, um Sistema Integrado de Bibliotecas (Library Integrated System - LIS) oferecerá um catálogo pesquisável e contas de alunos. A União do Pacífico Norte recomenda dois desses sistemas para automatizar as bibliotecas escolares: Readerware e Resource Mate.16 Uma biblioteca de sala de aula ou uma biblioteca escolar menor pode usar um site como o LibraryThing para oferecer um catálogo on-line pesquisável e até mesmo acompanhar os check-outs em um sistema on-line sem que os professores precisem aprender e manter um sistema automatizado maior.

O que vem depois?

Os professores que concluírem essas quatro etapas: avaliar, planejar, comprar e organizar provavelmente verão um aumento no uso do acervo e do espaço da biblioteca pelos alunos. Depois que uma coleção é organizada, fica mais fácil avaliar usando uma ênfase específica, como uma auditoria de diversidade, para rastrear livros usados durante um ano letivo e descartar os que não são ou revisar livros que abordam tópicos específicos. O plano de desenvolvimento do acervo existente pode ajudar a identificar em uma coleção títulos que não correspondem aos objetivos da organização; e também pode ser usado juntamente com os resultados da avaliação para determinar quais novos títulos devem ser adquiridos.

Criar uma biblioteca escolar organizada requer tempo e persistência, mas as recompensas serão que os alunos que tiverem acesso a material de leitura para apoiar o trabalho do curso terão maior probabilidade de gostar de ler e obter notas altas nos testes em todo o currículo.

Este artigo foi revisado por pares.

Christy Scott

Christy Scott, MISLT, é bibliotecária associada na Peterson Memorial Library na Walla Walla University (College Place, Washington, Estados Unidos), onde coordena a alfabetização informacional em estudos gerais e aulas de pesquisa sênior. Ela possui mestrado em Ciência da Informação e Tecnologias de Aprendizagem pela University of Missouri (Columbia, Missouri, Estados Unidos) e bacharelado em Educação Elementar pelo Union College (Lincoln, Nebraska, Estados Unidos). Seus interesses profissionais incluem literatura e serviços infantis, tecnologia em bibliotecas e alfabetização midiática e informacional. Durante seu tempo na Walla Walla University, ela desenvolveu sessões para ajudar futuros professores a trabalhar com acervos de bibliotecas, bem como serviços de referência e alfabetização informacional por todo o currículo.

Citação recomendada:

Christy Scott, “Gerenciamento de biblioteca em quatro etapas: avaliação, planejamento, compra e organização de bibliotecas em escolas pequenas,” Revista Educação Adventista 84:3 (2022). Disponível em: https://www.journalofadventisteducation.org/pt/2022.84.3.6.

NOTAS E REFERÊNCIAS

  1. Christy Scott, “Libraries in Small Schools: A Case for Building Liaison Relationships with Education in Adventist Higher Education.” Presented at the Annual Association of Seventh-day Adventist Librarians (ASDL) Conference, Silver Spring, Maryland., jun. 2019.
  2. Marcia Stockham e Heather Collins, “Information Literacy Skills for Preservice Teachers: Do They Transfer to K-12 Classrooms?” Education Libraries 35:1-2 (2012): 59-72. Disponível em: https://files.eric.ed.gov/fulltext/EJ989514.pdf; Susan Catapano, Jane Fleming, and Martille Elias, “Building an Effective Classroom Library,” Journal of Language and Literacy Education 5:1 (2009): 59-73. Disponível em: https://files.eric.ed.gov/fulltext/EJ1068161.pdf.
  3. Library Research Service, “School Library Impact Studies” (n.d.). Disponível em: https://www.lrs.org/data-tools/school-libraries/impact-studies/; Antioch University Seattle School Library Endorsement Program: School Library Research (14 nov. 2022). Disponível em: https://antiochlis.libguides.com/schlibcert/research.
  4. Keith Curry Lance e Debra E. Kachel, “Why School Librarians Matter: What Years of Research Tell Us,” Phi Delta Kappan (26 mar. 2019). Disponível em: http://www.kappanonline.org/lance-kachel-school-librarians-matter-years-research/; Dorothy Williams, Caroline Wavell, and Katie Morrison, “Impact of School Libraries on Learning: Critical Review of Evidence to Inform the Scottish Education Community” (2013). Disponível em: https://openair.rgu.ac.uk/handle/10059/1093.
  5. Catapano, Fleming e Elias, “Building an Effective Classroom Library,” 59-72.
  6. Ibid.; Christina Clark, “Linking School Libraries and Literacy: Young People’s Reading Habits and Attitudes to Their School Library, and an Exploration of the Relationship Between School Library Use and School Attainment,” National Literacy Trust (2010). Disponível em: https://files.eric.ed.gov/fulltext/ED513438.pdf.
  7. Mona Kerby, An Introduction to Collection Development for School Librarians. Second edition (Chicago: ALA Editions, 2019), 52, 53.
  8. Catapano, Fleming e Elias, “Building an Effective Classroom Library,” 63.
  9. Sedley Abercrombie, “Why Do You Need a Collection Development Plan?” AASL Knowledge Quest (30 maio 2018). Disponível em: https://knowledgequest.aasl.org/why-do-you-need-a-collection-development-plan/.
  10. IFLA School Libraries Section Standing Committee, "IFLA School Library Guidelines" (2015). Disponível em: https://repository.ifla.org/handle/123456789/58.
  11. Kerby, “Introduction to Collection Development,” 26.
  12. IFLA School Libraries Section Standing Committee, “IFLA School Library Guidelines,” 34; American Library Association, “Workbook for Selection Policy Writing” (1998). Disponível em: https://www.ala.org/Template.cfm?Section=dealing&Template/ContenManagement/ContentDisplay.cfm&ContentID=11173.
  13. Catapano, Fleming e Elias, “Building an Effective Classroom Library,” 60.
  14. Clark, “Linking School Libraries,” 8.
  15. Catapano, Fleming e Elias, “Building an Effective Classroom Library,” 64.
  16. Audrey Mayden Campbell e Joy Uehlin Palmer, “What Do I Do with All These Books?! Tips for Organizing a Small School Library,” The Journal of Adventist Education 73:5 (verão de 2011): 38-42. Disponível em: https://circle.adventistlearningcommunity.com/files/jae/en/jae201173053805.pdf.