Recurso | Emeraude Victorin Tobias

Instituto de Pesquisa de Geociências:

um recurso para ensinar uma compreensão bíblica da história da Terra

Pouco antes da Convenção de Educadores da Divisão Norte-Americana, em Phoenix, Arizona, Estados Unidos, de 7 a 10 de agosto de 2023, mais de 40 professores de ciências apaixonados da Divisão Norte-Americana (NAD - North American Division) embarcaram em uma jornada com cientistas do Instituto de Pesquisa de Geociências (GRI - Geoscience Research Institute) para explorar as magníficas paisagens do Parque Nacional da Floresta Petrificada, do Grand Canyon, do Monumento Nacional do Vulcão Sunset Crater e muito mais.1 O objetivo da viagem de campo era oferecer aos participantes uma experiência em primeira mão que melhorasse sua apreciação e compreensão da geologia e da história da Terra. Liderado pelo diretor do GRI, Ronny Nalin (PhD em Ciências da Terra), e pelos cientistas do GRI Ben Clausen (MS em Geologia, PhD em Física), Tim Standish (PhD em Biologia Ambiental e Políticas Públicas) e Raúl Esperante (PhD em Paleontologia), o objetivo dessa experiência turística era ajudar a preparar os professores para integrar a fé e a ciência de forma eficaz nas suas salas de aula.

No Parque Nacional da Floresta Petrificada, no nordeste do Arizona, os professores observaram e ficaram fascinados com os restos de árvores que se transformaram em pedra, revelando as maravilhas da transformação natural. Aqui, eles discutiram o processo de fossilização, quanto tempo leva para a madeira petrificar e como os fósseis pintam um quadro das interações passadas dos animais e de seu ambiente. Caminhar entre esses troncos de árvores fossilizadas proporcionou uma oportunidade para discutir processos e taxas de transporte de sedimentos.

A viagem pelo deslumbrante Grand Canyon, no norte do Arizona, e pelo Monumento Nacional do Vulcão Sunset Crater, ao norte de Flagstaff, Arizona, ofereceu um cenário notável para discussões em torno do debate sobre as origens e o registro geológico. Ao contemplarem o vasto abismo, os educadores não puderam deixar de se sentir humilhados pela escala e complexidade da história geológica da Terra. Eles tiveram a oportunidade única de estudar as intrincadas formações rochosas que poderiam ser vistas através das lentes do catastrofismo ou do gradualismo. Eles também observaram pegadas e outros fósseis incrustados na rocha enquanto desciam até o cânion, na trilha South Kaibab.

“Como instrutora do 1º ao 8º ano”, disse Rachel Jameson, professora da Escola Primária Adventista do Sétimo Dia de Edenville (Michigan, Estados Unidos), “farei um esforço maior para dar aos meus alunos experiência de campo nas ciências e ensiná-los que, embora não possamos explicar todas as evidências que encontramos, ainda podemos confiar no que Deus diz em Sua Palavra”.2

Depois de vivenciar as maravilhas da natureza e absorver as informações apresentadas, os educadores participaram de discussões aprofundadas e workshops ministrados pelos Drs. Nalin, Clausen, Standish e Esperante. Juntos, os apresentadores e educadores exploraram maneiras de combinar efetivamente a fé e a ciência no ensino em sala de aula e foram lembrados de respeitar a ciência e ao mesmo tempo permanecer fiéis a Deus e à Bíblia.

“Como professor de ciências”, disse Joel Shetler, novo instrutor de ciências na Spencerville Academy (Maryland, Estados Unidos), “uso dois lindos chapéus: um de cientista, com que quero apresentar evidências e ajudar os alunos a aprender como pesquisar e determinar o que fazer com essas evidências, e também o de professor na comunidade adventista, com que trago o lado da fé. Mostro como as evidências se relacionam com nossas crenças, mas, em última análise, devemos continuar aprendendo e pesquisando.”

Munidos de novas perspectivas e do compromisso de estimular o crescimento espiritual e científico dos seus alunos, os participantes partiram com um desejo renovado de acender uma centelha transformadora na comunidade educativa. Eles estão preparados para enriquecer a vida dos seus alunos, promovendo uma apreciação mais profunda do mundo natural e do seu Criador. Com as lições aprendidas nessa aventura, esses educadores estão preparados para guiar a próxima geração num caminho de compreensão holística, onde a fé e a ciência se complementam na busca pelo crescimento do conhecimento e da sabedoria.

A missão do Instituto de Pesquisa em Geociências da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia é buscar, desenvolver e compartilhar conhecimento com a igreja global. Fundado em 1958, o instituto procurou cumprir um propósito específico e único: “explorar o mundo natural, procurando desenvolver e partilhar uma compreensão da natureza consistente com o ensino bíblico, tal como expresso na declaração da Igreja de crença fundamental na criação”. Para esse fim, os cientistas do GRI trabalham para responder questões e procurar evidências relativas às origens dentro do contexto da revelação e dos fundamentos bíblicos. Através da realização de pesquisas e da comunicação dos resultados, o GRI presta um serviço valioso e é um recurso fundamental para educadores adventistas que ensinam e estudam ciências: biologia, ecologia e conservação, design inteligente, geologia, paleontologia, cosmologia, fé e ciência, e outras ciências.3

O GRI fornece vários recursos para ajudar os educadores a orientar os alunos enquanto eles exploram o mundo natural. Esses recursos podem ser usados para planejar e complementar aulas de diversas disciplinas de ciências naturais. Para obter mais informações sobre nossos recursos, visite nosso site em: http://www.grisda.org e assine nossa newsletter.

Emeraude Victorin Tobias

Emeraude Victorin Tobias, MA, MBA, é diretora de marketing da Comissão de Fé e Ciência da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, em Silver Spring, Maryland, Estados Unidos.

Citação recomendada:

Emeraude Victorin Tobias,

“Instituto de Pesquisa de Geociências: um recurso para ensinar uma compreensão bíblica da história da Terra,” Revista Educação Adventista 85:3 (2023). Disponível em: https://www.journalofadventisteducation.org/pt/2023.85.3.6.

NOTAS E REFERÊNCIAS

  1. Versões deste artigo foram publicadas em vários recursos adventistas on-line. Adaptado para uso no The Journal of Adventist Education®(JAE).
  2. Os nomes dos educadores citados foram usados com permissão.
  3. O GRI teve início em 1958 no campus da Universidade Andrews. O Instituto foi denominado Committee on Teaching Paleontology and Geology (Comitê de Ensino de Paleontologia e Geologia). Em 1962, tornou-se Instituto de Pesquisa em Geociências e, em 1980, foi transferido para a Universidade Loma Linda (Loma Linda, Califórnia, Estados Unidos), onde funciona atualmente. Para mais informações, consulte Ariel A. Roth e L. James Gibson, “Geoscience Research Institute”, ESDA (2022). Disponível em: https://encyclopedia.adventist.org/article?id=8JFT.